domingo, 11 de abril de 2010

Mar, calma, vazio e solidão

Não queria o lugar fechado onde passo as 8 horas. Não queria as luzes, os cheiros, as pessoas, as más energias misturadas com as boas, simplesmente não queria. Virei onde não devia para seguir para onde queria.

Pelo caminho fui pensando no onde. Exactamente no onde. Já sabia do que precisava: mar, calma, vazio e solidão. Só me queria a mim. Antes de lá chegar encontrei no pensamento o sítio exacto e virei onde o tinha de fazer. Rotunda à segunda, semáforo à esquerda, semáforo a direita, esquerda novamente e o mar deparou-se à minha frente. Exactamente como eu pedi. Simplesmente bom demais.

Não era dia de ondas e mesmo que fosse onde estava, estava longe. O silêncio de um dia de Primavera imperou. Melhor não poderia ter sido, estava como eu o pedi.

Estacionei onde me apeteceu. Pensei que fosse encontrar mais carros, mais pessoas, mais confusão. Mas encontrei o meu vazio, a minha linha do horizonte onde nada me atrapalhava o campo de visão, onde não havia mais ninguém! Como eu pedi.

Tirei o saco do almoço, os óculos de sol e os sapatos. Muito sol a bater no carro, mas duas janelas abertas deixavam passar o vento leve que me refrescava. Preparei tudo bem preparadinho, e comi. Chegaram dois carros que tão depressa chegaram como tão depressa levaram as pessoas para longe. Incomodaram-me por momentos, mas satisfizeram-me ao partir. Continuei comigo mesma a sentir o sol.

Ao Domingo não tive a opção de almoçar com a família. E em substituição só este poderia o cenário ideal. Com a única companhia que eu poderia aceitar em seu lugar. E comportou-se exactamente como eu pedi.

*esta é minha!

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