Como é que se esconde aquilo que se sente por alguém que não se conhece? Seja bom ou mau, como é que se faz?
Sinto-me baralhada. Não sei se confundo a necessidade de querer com o querer de facto.
Sei de uma coisa. Sei que sinto interesse em conhecer algo que não conheço, saber porque esconde o sorriso por detrás da frustração e espécie de raiva que o ilumina. Porque a maioria das vezes a expressão é cerrada, mas quando aparece o sorriso é tão sincero.
Sinto-me baralhada. Porque sinto interesse de onde senti interesse da primeira vez e agora não sei se o sinto ainda.
Sei de uma coisa. Sei que o meu interesse é outro. E custa-me porque o primeiro interesse era muito meu. A pessoa era muito a minha. Mas agora não o é. Talvez por não gostar do óbvio. É simples, e talvez demasiado simples para mim. Enquanto que o segundo interesse é de facto interessante.
Gosto do obscuro. Gosto da cura. Gosto do não saber, da dúvida, do desinteresse que não sei se é interessado e na maioria das vezes me parece não o ser. Gosto da brincadeira. Da luta.
Mas não gosto de estar baralhada.
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