domingo, 30 de janeiro de 2011

É um pânico

A vida começa agora. Começa agora e não sei que fazer com ela. Surge-se-me um reboliço nestas veias, um fervor neste pensamento e um medo neste coração a que dou o nome de pânico e o qual não sei controlar.

Dúvidas são tantas. Começam e não terminam, acordam e não se adormecem, aparecem e por aqui ficam na memória, nos pensamentos, nas visões dos dias que já não são dias, são eternidades infinitas e sem previsão de se terminarem em lugar nenhum.

Por onde se começam as buscas, por onde se procuram as necessidades, por onde me devo encaminhar? Este calor que me acende o peito, invade-me o coração e arde-me a alma. É um pânico, é um pânico, é um pânico!

A vida começa agora. E o medo é maior do que nunca. De certezas só tenho uma. Eu vou ter de saltar. E não tenho outra solução que não a de ser feliz com as escolhas que tomo para mim. Venha daí o egoísmo.

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