quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Flor da pele.

É incrível a magia que me transporta. A alma que a arte me transmite. Aquela sensação de poder, de força, de entrega absoluta.

Não é um palco, não é uma peça, não é um fingimento: é uma vida inteira. Ali. Naquele momento, naquela hora... É tudo tão simplesmente belo.

Acorrem-me as lágrimas, sinto tudo à flor da pele. Tão presente em mim e eu tão perdida lá dentro. Sou mais uma a sentir o ódio, o medo, a paixão, a alegria, o desespero e a euforia! Sou mais uma a viver uma história que por não ser minha me pertence tanto e se encaixa tão bem naquilo que sou.

Um dia hei-de ser o génio que os outros não me vêem. Um dia hei-de percorrer a espinha no arrepio dos outros e limpar as lágrimas dos seus olhos. Um dia vou mudar-lhes o dia e dar-lhes a inspiração que os outros me dão. Um dia hei-de finalmente ser eu. Feliz. Satisfeita. Artista.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Paciência perdida.



A paciência é uma coisa que se esgota em mim como areia a escapar-se por entre os dedos. Deve ser do frio ou do vento ou não sei!, mas a verdade é que há dias em que puff! Não há!

Se fossem minhas era castigo para cima de tão cansada que estou de repetir. Mas não são.

Gosto muito de crianças. Gosto sim senhor. Mas quando não são minhas, não são minhas. E se numa metade do dia sou eu a educá-las, não me estraguem a educação que lhes dou na outra metade do dia.

Eu sempre soube que não tenho feitio para este tipo de trabalho, mas cada vez mais me provo a mim mesma que não o tenho. E gosto muito. Gosto sim senhor. Mas venha a próxima etapa que eu não sou mãe e já estou farta que me chamem esse nome.

(Dia não.)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Nhami


Há qualquer coisa de muito saboroso por aqui. E estou tão tentada a provar e comer até me lambuzar. Gosto gosto gosto. Gosto ao ponto de me sentir leve como uma pena e apetece-me poisar naquelas nuvens. E há tanto tempo que não me sentia assim.

Este é ano de mudanças. É ano de esperanças e de sonhos tornados realidade. Ano de decisões difíceis entre o que quero e é bom para mim e o que os outros gostavam que fosse e é bom para mim. Ano de "espero não ter de optar". E se optar, ao menos que opte pelo egoísmo. Não me importo de conduzir o comboio desde que as carruagens queiram ir todas na mesma direcção. Se não quiserem eu sigo o meu caminho e elas que se conduzam a si próprias ou esperem por condutor. Eu já vou com balanço.

Não sei se o amor está à minha espera mas eu estou à espera que esteja. Por isso, quando te sentires preparado aparece.

Por agora vou saborear o que tenho. E vou preparar as próximas refeições e temperá-las a preceito. Tenho muito mais a receber e quero tudo como quero. E se não for como quero à primeira, faço de novo. No fim de tudo, sei que posso ser o que quiser. Nhami.