sábado, 12 de março de 2011

Momento de fraqueza

E quase mais um ano. Quase mais um ano de vazio entre nós. Nem sequer me devia expressar mas a emoção hoje chegou de uma maneira que não a esperava e senti a saudade. Vai passar, como já passou e passa sempre porque me obrigo a tal. Mas hoje senti a saudade. E contei novamente os meses e revivi o vazio entre nós.

O amor nunca vai passar. O amor está cá e existe, guardado no cantinho em que terá de ficar, mas existe e está aqui. E há dias em que a corrente de ar abre a porta e traz as memórias, traz a magia que já não tem e a tristeza bate.

Por momentos pergunto-me e a resposta é simples: porque sei que tenho saudades de amar. Tão linear quanto isso. Mas ao mesmo tempo também o sei que tenho saudades de te amar a ti.

O que fomos nunca mais vai renascer. As cicatrizes deixaram marcas profundas e o entretanto não abre horizontes a ninguém. Cada um renasceu das suas cinzas, e tu estás mais forte do que nunca, enquanto eu te admiro e fico genuinamente feliz que assim o seja. Mas eu ainda volto a cinza, para depois tentar renascer, e logo volto a ser cinzas e renasço novamente. Ainda sou a inconstância que sempre fui. Evoluo e sou-o com menos frequência mas ainda o sou. Porque eu ainda não encontrei quem me ame como tu me amaste enquanto tu encontraste alguém que te ama ainda mais do que eu te amei.

Por isso perdoa-me este momento de fraqueza. E perdoa-me porque há-de voltar a acontecer. Mas não te preocupes. Eu estou feliz. Por mim e por ti. Em proporções idênticas. E a minha única intenção é manter o futuro como o presente tem sido.

terça-feira, 8 de março de 2011

Honestamente

Honestamente apetece-me dizer que desisto. Estou farta da falsidade, da mentira, da única e exclusiva busca do prazer apenas porque sim. O não dar nada em troca. O não querer saber. O não se preocupar. Estou farta de tudo aquilo que saiu da boca sem ser pensado, sem ser ponderado e no fim de contas nem sequer se presta ao arrependimento.

São tudo mentiras.

Aquilo que podia ser bonito está cheio de tretas e desespero. A memória que gostava de guardar como especial é manchada pela podridão que me enlouquece e me põe fora de mim. E no fim de tudo não sinto a raiva que devia, não sinto a fúria que devia e apenas sinto a pena e a tristeza profunda das coisas serem como foram.

Para mim não é mais do mesmo. Para mim não é fulgaz. É puro. É sentido. É meu! E depois tiram-me tudo e destroem-me a imagem! Estou farta de quadros negros. A partir de agora, honestamente,
Estou fora.

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