domingo, 28 de março de 2010

Não!


Deixa-me da mão! Larga a minha vida, o meu ser e mais do que tudo o resto, larga o meu corpo! Deixa-me ser livre para ser feliz...

Não quero ser mais prisão de ti, não quero ser mais tua! Fazes-me querer tão fortemente um não que chego a não desejar voltar a ser de outro alguém!

Fizeste-me duvidar de mim, fazes-me odiar-me a mim... Querias fazer com que me perdesse. E eu não fiz nada, não faço nada mas vou fazer mais do que sempre não fiz.

Já chega... Não quero mais...

Não quero mais choro, com as lágrimas que se me derramam pelo rosto, se me perdem pelo chão, se encharcam na almofada que me aconchega. Não... Não quero mais o desespero de me perder de mim, o medo de não me ter em meu poder, o silêncio em que me fecho e me isolo do mundo para poder acalmar. Não quero mais...

Já chega. Já chega de sentires que tens, já chega de insistires que queres, já chega de me quereres a mim.

Não quero mais a tua autoridade, esse teu desejo de desejo, esse desejo de poder, nem o desejo de poder ter-me quando te lembras que eu existo. Tu de mim não tens mais nada. Para ti, para ti sim! É um não!

terça-feira, 23 de março de 2010

Cega de raiva!

P.S. - Peço perdão a quem se sentir ofendido com a imagem. Mas é mesmo isto.

Aquela escuridão momentânea de quem perder o controlo do corpo e do bater do coração. Como me deixo envolver neste sentimento obscuro e intenso, tão pouco neutro e tão fortemente influente?

Em vez de calar a alma só me atiro para um discurso incoerente do qual saio do lado errado do campo de batalha. Nestes dias acabo por me odiar a mim mesma, acabo por perder a noção do meu caminho, acabo por ser levada por uma estrada que insisto em não percorrer.

Eu sou do lado dos brancos. Mas sou peão. Sempre peão. Comandado à sua sorte, na esperança de abrir caminho para deixar passar o rei. Quantas vezes este peão se deixou comer sem manobra de defesa? Quantas vezes sai derrotado no campo de batalha sem ter forma de se defender? É carne para canhão e nunca se lhe reconhece o espírito de sacrifício.

Eu sou do lado dos bons, mas sou do lado dos mal entendidos. Dos mal amados. Dos atacados pelas costas.

Às vezes pergunto-me se misturo as línguas que falo e talvez seja por isso que não me entendem. Ou pergunto-me se falo numa linguagem ou tão retrógrada ou tão avant-garde que se torna demasiado complicada de se entender. Mas acho que a resposta é apenas uma: tu é que não tens capacidade mental para me compreender. Ai desculpe. Tu não. Você. Porque sim, você não é minha amiga. E se Deus existe, pelo menos nisso ele acertou.


segunda-feira, 22 de março de 2010

Aquele ódio.

Hoje é um daqueles dias. Em que odeio as pessoas. Aquelas que são injustas. Aquelas que são burras. Aquelas que são estúpidas. Aquelas que não fazem ideia do que é ser compreensivo, ser simpático, ser um ser humano com valores. Um daqueles dias em que te odeio a ti.


quarta-feira, 3 de março de 2010

Preguiça!



Hoje sinto-me naquelas dias de preguicite aguda que nos dão aquela vontadinha enorme de ficar enroscada no aconchego dos lençóis o dia inteirinho. Chove lá fora, está aquele ventinho de revirar guarda-chuvas e está frio! Por isso hoje a peguiça entregou-se a mim.

Sabe tão bem estar assim. Perdida no nada, esquecida no vazio, a apreciar o momento. A rádio ligada e de tempos a tempos volto à realidade para entender o que o mundo me transmite. Mas depois deixo-me voar por onde me apetece. Entrego-me ao sonho de tempos a tempos. Volto quando me canso. E simplesmente sabe-me tão bem.

Ai. Quem me dera que o hoje fosse sempre.