sábado, 15 de maio de 2010

Solitária

Aqui estou. No mundo perdida em mim. Sozinha e desencontrada de tudo e de todos.

Entro nos bares à procura de gente e encosto-me à espera que venham ao meu encontro. Falamos de tudo e de nada e do mundo e da vida. Entro sozinha e saio sozinha. Como um fantasma existi e desapareço. Vou quando quero e volto quando me apetece.

Sinto-me só, mas sinto-me bem. Sinto-me como espectadora de mim mesma, desfasada do mundo, uma perfeita extraterrestre em terras de ninguém. Existo e ali estou. Mas não sou eu. Não me conhecem e eu não faço o esforço. Simplesmente rio-me de tudo e de todos, observo e sinto-me sempre do lado de fora.

Pela primeira vez estou completamente só no mundo.

Tento absorver e aprender tudo aquilo que é novo. Cada gesto, cada olhar, cada sorriso. O pegar do copo vazio e o trocar pelo copo cheio. O meter conversa aleatoriamente e sentir isso como normal...

Mas um dia eu volto. O lar é o nosso espaço, o nosso mundo, a nossa motivação. O nosso mundo. Não sei se quero demorar demasiado tempo até me decidir a fazê-lo porque não sei com o que é que conto quando chegar nem quem vai lá estar para me receber.
Portanto desejo é que o caminho tenha valido a pena.

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