sábado, 1 de maio de 2010

Façam-se à luta!

Hoje a conversa é outra. Vou deixar a minha faceta poético de lado, para deixar vir ao de cima o meu lado, como hei-de chamar, vivido vá! (não que o outro não seja vivido, mas é vivido a um nível menos mundano).

Depois de uma boa conversa de café com companhias super agradáveis, sinto necessidade de me expressar ao sexo masculino em geral. Aos que são gays, meus amores perdoem-me mas deixo-vos de lado, principalmente porque não estão incluídos nesta minha dissertação. Apenas vos tenho a dizer algo que nunca vos disse que é: vocês irritam-me. Porque normalmente vocês são giríssimos, boas pessoas, inteligentes e nós não vos podemos ter como opção!

Porque sim: ou se é giro e gay, ou giro e ocupado ou giro e convencido, enfim! Já consegui perceber que o homem giro perfeito não há!

Portanto, aos homens/rapazes em geral, a minha mensagem é a seguinte: vocês têm de saber fazer as coisas. A verdade é que hoje em dia não sabem!

A vida não está fácil. A qualquer nível. E sim, para encontrarem alguém decente a tarefa começa a tornar-se complicada, pois apesar de ser rapariga, bem vejo que existe por aí muita "coisa" que envergonha o nosso estatuto de sexo feminino. Contra a minha "raça" falo. Mas é a mais pura das verdades.

Mas, tudo se consegue! Com esforço, dedicação e (principalmente!) inteligência.

Existem dois tipos de raparigas/mulheres por aí a quem vocês podem tentar "atacar": as necessitadas e fáceis, e as necessitadas e inteligentes. Ora, o vosso discurso para cada um destes tipos tem, obrigatoriamente de ser diferente.

Considerando-me (e sabendo-me) como uma rapariga minimamente inteligente, confesso que me sinto cansada de conversas de "xácha". Alguns até me conseguem despertar algum interesse momentâneo, mas infelizmente é sol de pouca dura. E isso irrita-me porque normalmente até são pessoas bem interessantes. Só que fazem as coisas mal!

Aprendam a ser inteligentes. E aprendam a dividir o joio do trigo, porque se não o fizerem vão continuar a colher os frutos podres quando com alguma paciência e trabalho seriam capazes de comer fruta madura.

Por isso aprendam comigo que eu não duro sempre: a conversa de engate funciona. Quando é bem feita. Façam-se à luta!



Algumas coisas a evitar:
- nomes como fofinha, querida (ui!), giraça (só porque já andam muitos a usar essa palavra...), lindona, etc
- oferecer dormida ou oferecer-se para dormir quando ainda não há confiança para esse tipo de conversa (mesmo que seja na brincadeira do "a ver se pega")
- dar elogios tirados das séries de televisão (principalmente se não vierem da Anatomia de Grey)
- serem convencidos
- perguntarem se vos achamos giros, ou o que achamos de vocês. Se não vos dissermos por vontade própria, não o perguntem, porque soa mal!
- dizer frases feitas ou demasiado lamechas
- concordarem com tudo o que dizemos, porque nós gostamos que no fim concordem connosco, mas não nos interessa alguém que não nos dê o mínimo de luta.
- não ligarem no dia a seguir.
- não nos pagarem o café (sim, pode parecer feminista mas a verdade é que nos cai muito bem).


Coisas que resultam:
- Arranjar uma frase ou um nome diferente para dizer de vez em quando. Qualquer coisa que diferencie. Como por exemplo: "Bom dia sol" ou algo do género. Pode ser bimbo mas se for dito da forma correcta, com naturalidade e numa altura conveniente pega.
- Não ser demasiado chato, irritante, peganhoso. Tudo tem a sua conta e medida.
- Fazer coisas espontâneas. Exemplo: apanhar um malmequer num descampado e entregar quando vêm ter connosco. Pode ser uma coisa tola, pode a flor estar murcha, nós vamos achar piada à gracinha.
- Ter conversa inteligente. Vocês têm que nos dar luta. Têm que saber fazer jogos de palavras, apanhar-nos em falso com uma boa resposta, saber falar de cultura, política, espíritos, mas sempre com um ponto de vista pessoal e de uma forma natural.
- Arranjarem-se. Podem não ser o gajo mais giro à face da terra. Não é preciso. Precisam apenas de ter um charme, terem cuidado com o que vestem, gostarem de estar bem para mostrarem que estão bem, com confiança.


As mulheres são mesmo muito complicadas. Mesmo muito. E em certas ocasiões se calhar o melhor é ocultar e noutras o melhor é ser sincero na mesma situação. Não há uma regra. Vocês têm que aprender a ser inteligentes e ter sensibilidade para perceber quando se faz o quê. É uma questão de fazer um esforço para perceber cada uma de nós em cada um dos nossos momentos. É uma tarefa exigente, mas nada que não consigam levar a cabo!


No fundo a ideia principal é esta: Façam-se à luta e lutem bem!


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