quarta-feira, 7 de abril de 2010

Apetece-me.

Apetece-me conhecer-te. Dar-te espaço para veres o meu mundo e poder perceber como é o teu. Estes espaços que nos separam e os olhares que se cruzam dão-me azo à imaginação e já não sei o que fazer com ela.

Apetece-me saber quem és. Conhecer o teu nome, saber o tom da tua voz e ouvir o teu riso. Saber se és ainda mais belo quando sorris. Porque de longe não te percebo.

Apetece-me partilhar um gelado. Passear à beira mar enquanto conversamos sobre o mundo e sobre nada e sobre tudo e sobre ti e sobre mim e sobre a vida. Perceber se me completas e se sim se me completas como o quê. Se és conhecido, amigo, ou amante, ou amor ou simplesmente um passageiro.

Apetece-me descobrir-te. Sair do meu refúgio e enfrentar as ondas do inseguro. Sair do meu abrigo, sair da minha cela e perder-me numa selva que desconheço. Sentir o que já não sei sentir porque não quero cair nos mesmos erros e nas mesmas falhas. Sair do meu medo e partir à procura de sonhos que deixei cair no esquecimento e em desuso.

Apetece-me dizer-te olá. Mas depois retrocedo. E então o que me apetece é ficar no meu canto e deixar-me estar quieta.


Sem comentários:

Enviar um comentário